Gestão de stakeholders: como fortalecer sua rede de parceiros e reduzir riscos

Você tem visibilidade real sobre todos os grupos que impactam (e são impactados) pelas decisões da sua empresa? Se a resposta foi negativa, talvez seja hora de rever sua gestão de stakeholders.

A verdade é que gerenciar stakeholders nunca foi tão estratégico como no contexto atual, em que os critérios ESG, o compliance e a responsabilidade com fornecedores tornaram-se parte essencial da reputação e da sustentabilidade de uma empresa.

Neste conteúdo, você vai descobrir como aplicar essa gestão de forma prática e entender por que ela é indispensável para quem busca crescer com responsabilidade. 

Boa leitura!

O que são stakeholders?

Stakeholders são todas as partes com algum interesse ou que têm alguma influência sobre uma empresa, como fornecedores, acionistas, clientes, colaboradores e órgãos reguladores.

Antes de falar sobre a gestão desse grupo, é importante compreender o conceito.

Na prática, eles se dividem entre stakeholders primários e secundários:

• Stakeholders primários: são aqueles diretamente vinculados às operações da empresa, com influência sobre decisões, como clientes, acionistas e investidores;
• Stakeholders secundários: são aqueles que exercem influência indireta, como a imprensa, o governo e a comunidade em geral.

Qual a importância de gerenciar stakeholders?

A forma como a sua empresa se relaciona com os diferentes públicos que influenciam (ou são influenciados) pelas decisões do negócio se reflete diretamente na sustentabilidade da operação. 

Neste cenário, a gestão de stakeholders em projetos, sejam internos ou externos, exerce um papel fundamental e serve como pilar para garantir o alinhamento de interesses. 

A gestão ajuda a ir além: com ela, você entende quem são as partes interessadas, como mantê-las engajadas, como monitorá-las e como atuar em parceria com cada uma dessas partes. 

Para compreender a importância disso, basta pensar no negócio como um ecossistema. Ele precisa dos stakeholders para funcionar: sem clientes, você não pode vender. Sem fornecedores, a produção para. Sem investidores, fica difícil expandir a sua operação.

E, mais do que contar com esses grupos, é necessário compreender como cada um deles pode contribuir para o negócio e como a empresa pode gerar valor a cada um — é uma via de mão dupla. 

Isso pode trazer muitos ganhos para a sua operação, como:

• Fortalecimento da reputação e de confiabilidade no mercado;
• Minimização de riscos reputacionais, regulatórios e operacionais;
• Melhoria na comunicação entre as partes, garantindo mais transparência;
• Maior satisfação e, consequentemente, engajamento das partes interessadas;
• Alinhamento com boas práticas e critérios ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança).

Como fazer a gestão de stakeholders?

Para estruturar uma boa gestão de stakeholders em projetos, é importante garantir que o relacionamento com cada uma delas entregue valor real para a operação, conforme seus objetivos, além de manter as partes engajadas. 

A seguir, você confere os principais passos para colocar essa gestão em prática com eficiência, responsabilidade e de forma conectada aos objetivos do seu negócio.

Mapeie quem são seus stakeholders

O primeiro passo para conhecer os stakeholders de uma empresa, é mapeá-los. Isso não significa apenas saber os nomes dos seus parceiros — é preciso entender o papel de cada um na sua cadeia de suprimentos.

Esse mapeamento deve passar por todos os grupos, pessoas ou organizações que influenciam ou são impactados de alguma forma pelas decisões da companhia, incluindo consumidores, colaboradores, fornecedores e acionistas.

Analise riscos e interesses

Com os stakeholders mapeados, a próxima etapa é analisar os riscos envolvidos e os interesses de cada parte. Isso ajuda a entender o nível de alinhamento entre os objetivos do stakeholder e as metas estratégicas da empresa.

Dessa forma, você consegue avaliar com clareza o potencial de valor que cada um desses relacionamentos pode trazer para o negócio.

Além disso, essa é uma análise importante para identificar potenciais ameaças à reputação ou à sustentabilidade das operações.

Na prática, algumas ferramentas podem facilitar a tarefa, como a classificação de fornecedores e a matriz de stakeholders — método que ajuda a mapear os grupos de interesse de um projeto, avaliando seu nível de influência e o grau de interesse. 

Avalie critérios ESG e de compliance

Hoje, a gestão de stakeholders vai muito além do mapeamento básico e considera alguns fatores considerados essenciais para o mercado atual, como o ESG e o compliance.

Muito mais do que implementar boas práticas internamente, é importante garantir que seus parceiros também estejam alinhados a elas. 

Esse processo é essencial para estruturar cadeias de fornecimento éticas, responsáveis e em conformidade com legislações locais e internacionais, além de evitar problemas de imagem para a sua empresa. 

Defina estratégias de engajamento

Com as partes interessadas devidamente identificadas e avaliadas, é hora de desenvolver um plano de engajamento de stakeholders.

Ele deve definir pontos como:

• Como a empresa vai se comunicar com cada grupo;
• Quais canais vai utilizar para essa comunicação;
• Qual deve ser o conteúdo em cada contexto;
• Qual será a frequência de contato.

Esse plano de comunicação e engajamento facilita o alinhamento entre as partes interessadas, além de evitar que alguma informação se perca no caminho ou não alcance algum dos stakeholders. 

O monitoramento do engajamento também ajuda a entender se as partes estão devidamente informadas, envolvidas e satisfeitas com o projeto. 

Implemente canais e rituais de relacionamento

Construir um relacionamento sólido com os stakeholders é a base para uma boa gestão — e para projetos de sucesso. 

A comunicação é um dos principais fatores para construir esse relacionamento: é importante ouvir e valorizar cada um dos stakeholders.

Neste ponto, vale estabelecer canais de comunicação formais e informais, criar rituais de relacionamento (como reuniões periódicas ou comitês de stakeholders) e manter um processo contínuo de escuta e atualização.

A tecnologia é uma grande aliada e facilita a organização de registros, bem como o acompanhamento dos relacionamentos com fornecedores, clientes, investidores e outras partes interessadas. 

Monitore os stakeholders

A gestão de stakeholders é um processo contínuo, por isso acompanhar as partes interessadas é fundamental, especialmente para avaliar se os relacionamentos estão gerando valor e agir rapidamente diante de potenciais riscos.

Isso envolve atualizar periodicamente os dados de cada parte interessada, acompanhar indicadores de performance (como satisfação, reputação e regularidade fiscal, no caso de fornecedores) e revisar estratégias conforme o cenário evolui.

Esse monitoramento pode ser feito por meio de ferramentas como:

• Sistemas de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente) ou SRM (Gestão de Relacionamento com Fornecedores), que reúnem dados atualizados sobre relacionamento, contratos e desempenho;
• Pesquisas periódicas, entrevistas e reuniões de alinhamento para entender expectativas e percepções dos stakeholders;
• Plataformas de reputação e compliance, que ajudam a antecipar riscos legais ou de imagem.

Com o monitoramento, é possível garantir uma gestão mais sustentável e alinhada aos objetivos de negócio, além de se proteger de riscos financeiros e operacionais. 

Gestão de stakeholders na cadeia de fornecedores

Entre todos os stakeholders de uma empresa, os fornecedores ocupam um papel central na operação. 

Afinal, eles têm impacto direto na qualidade do produto final, no cumprimento de prazos, na experiência do consumidor, nos custos operacionais e até mesmo na reputação da marca no mercado.

Por isso, a gestão da cadeia de suprimentos caminha lado a lado com a gestão de stakeholders.

Entenda alguns pontos essenciais na gestão dessa relação com parceiros estratégicos:

• Monitoramento de riscos: acompanhar de perto os fornecedores permite antecipar riscos financeiros, reputacionais e legais antes mesmo que eles afetem a operação;
• Exigência de certificações e regularidade fiscal: garantir que os parceiros estejam com a documentação em dia evita penalidades legais e garante maior confiabilidade nos processos;
• Avaliação do ESG de fornecedores: analisar ações ambientais, sociais e de governança dos fornecedores é essencial para garantir uma cadeia de valor ética e sustentável, além de reforçar o compromisso da empresa com esses pilares;
• Alinhamento com políticas de compliance: fornecedores que não seguem práticas éticas e legais colocam a cadeia em risco. Por isso, a gestão deve incluir critérios claros de conformidade e ferramentas para garantir que eles estão sendo cumpridos.

Para se ter uma ideia, 85% das empresas relataram ter dificuldade em encontrar fornecedores com boas práticas de sustentabilidade — o que impacta nas metas de sustentabilidade internas.

O dado é de uma pesquisa da Amazon, que revela a falta de divulgação de dados precisos pelos fornecedores como um dos principais obstáculos da pesquisa. 

A boa notícia é que existem soluções para facilitar esse processo de análise e dar mais visibilidade à gestão de fornecedores. 

Na CIAL, você encontra ferramentas que ajudam a automatizar o monitoramento de riscos, avaliar critérios ESG e muito mais, protegendo sua operação com relações mais transparentes. 

Tudo isso com uma ampla base de dados para te ajudar a encontrar os melhores parceiros. 

Conheça as soluções de gestão de fornecedores da CIAL e descubra como elas podem contribuir para uma cadeia de suprimentos mais estratégica e segura!

Conclusão

Ter uma boa gestão de stakeholders tornou-se essencial para qualquer empresa que deseja crescer de forma segura, sustentável e alinhada às expectativas do mercado.

Neste conteúdo, você entendeu a importância de uma gestão bem estruturada e, principalmente, quais os passos necessários para garantir um relacionamento saudável com as partes interessadas.

Ao mapear os stakeholders do seu negócio, entender os interesses e riscos de cada um, e aplicar critérios de compliance e ESG nas relações, é possível tomar decisões mais informadas e fortalecer a reputação da organização.

Como vimos, com o apoio de soluções que oferecem dados confiáveis e monitoramento contínuo, como as da CIAL, o processo fica mais fácil.

A tecnologia certa ajuda a sua empresa a estar mais preparada para se destacar em um mercado que exige cada vez mais transparência, ética e responsabilidade corporativa.

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