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Publicado em
25/9/25 8:00 am

Os desafios do CPO global do futuro: guia para prosperar na incerteza

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CPO global do futuro

O papel do CPO se torna cada vez mais essencial

O papel do Chief Procurement Officer (CPO) está em plena evolução. Se antes a função era associada à negociação de contratos e à busca por redução de custos, hoje o CPO global assume uma posição estratégica, impactando diretamente a resiliência, a competitividade e até a reputação das organizações.

No cenário atual, marcado por incertezas e rápidas mudanças, os CPOs precisam lidar com riscos cada vez mais complexos — muitos deles invisíveis à primeira análise. Esses riscos ocultos representam uma ameaça silenciosa, capaz de gerar interrupções na cadeia de suprimentos, prejuízos financeiros e danos de imagem de difícil reparação.

O novo cenário de riscos em procurement

Nos últimos anos, crises como a pandemia de Covid-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia, ataques cibernéticos em escala global, inflação acelerada e os impactos crescentes das mudanças climáticas deixaram claro: o procurement tradicional já não é suficiente.

De acordo com a McKinsey, 80% das interrupções na cadeia de abastecimento vêm de fornecedores de segundo nível ou além — ou seja, de empresas com as quais muitas vezes não existe contato direto. Isso mostra como a falta de visibilidade é um dos grandes desafios para o CPO global.

Além disso, a Gartner aponta que apenas 6% das organizações têm total visibilidade de suas cadeias de suprimentos, desde os fornecedores diretos até os tiers mais distantes. Essa limitação expõe as empresas a vulnerabilidades que vão muito além dos riscos financeiros e de qualidade.

Riscos tradicionais x riscos ocultos

O CPO do futuro precisa enxergar além do óbvio. Se os riscos tradicionais já fazem parte do radar — como preço, qualidade, capacidade de entrega e saúde financeira —, os riscos ocultos são mais difíceis de identificar e exigem novas ferramentas e estratégias de monitoramento.

Principais riscos ocultos em procurement

  1. Riscos Cibernéticos
    Em um mundo cada vez mais digital, fornecedores mal preparados em termos de cibersegurança podem abrir brechas para ataques hackers, vazamento de dados e interrupções de sistemas críticos. O elo mais frágil da cadeia pode comprometer toda a operação.
  2. Riscos Climáticos e Ambientais
    Fenômenos extremos, como enchentes, furacões e secas, afetam diretamente a produção e a distribuição global. Segundo estimativas, as perdas econômicas ligadas a mudanças climáticas podem chegar a US$ 28 trilhões até 2050. O CPO precisa considerar esses fatores em sua estratégia de sourcing e na escolha de fornecedores alternativos.
  3. Riscos ESG (Ambientais, Sociais e de Governança)
    Pressões regulatórias e da sociedade exigem que as empresas monitorem não apenas a performance financeira, mas também o impacto ambiental e social de seus parceiros. Fornecedores envolvidos em violações trabalhistas, corrupção ou práticas ambientais inadequadas representam um risco reputacional imenso.
  4. Riscos Geopolíticos e Regulatórios
    Sanções econômicas, guerras comerciais, tarifas inesperadas ou mudanças legais em diferentes países podem afetar o fornecimento de insumos estratégicos. Para CPOs que atuam globalmente, acompanhar esses movimentos é vital.
  5. Riscos de Subfornecedores (Tier 2, Tier 3 e além)
    Muitas vezes invisíveis, os subfornecedores podem estar envolvidos em práticas fraudulentas, relações societárias arriscadas ou até mesmo atividades ilegais. Esses riscos só aparecem com análises profundas de dados e visibilidade multiterritorial.

Estratégias para lidar com riscos ocultos

Diante desse cenário, o CPO global precisa se apoiar em novas práticas e tecnologias que tragam clareza e segurança às operações.

  1. Mudar o mindset: do procurement reativo ao estratégico

Mais do que reduzir custos, o CPO precisa atuar de forma estratégica, antecipando problemas e construindo uma cadeia de suprimentos resiliente e sustentável.

  1. Usar dados como fundamento

A criação de um Golden Record, consolidando todas as informações de fornecedores em um único perfil confiável, reduz inconsistências e permite decisões baseadas em dados.

  1. Inteligência Artificial aplicada com propósito

A IA pode acelerar análises de compliance, detectar fraudes em tempo real, prever riscos climáticos e classificar informações críticas. Mas seu sucesso depende da qualidade dos dados e da clareza dos objetivos.

  1. Construir visibilidade multiterritorial

Ferramentas que permitam mapear e monitorar fornecedores de múltiplos tiers são essenciais para identificar riscos ocultos. Isso envolve integrar dados financeiros, societários, climáticos e de compliance em uma visão única.

  1. Equilibrar tecnologia, processos e pessoas

Nenhuma tecnologia funciona sozinha. É preciso capacitar equipes, desenhar processos ágeis e, então, integrar soluções digitais para garantir eficiência e controle de ponta a ponta.

O futuro do CPO global

O CPO global do futuro precisará se apoiar em dados, tecnologia e uma estratégia proativa sólida para navegar em um cenário de riscos cada vez mais frequentes e ocultos. Sua missão será transformar o procurement da empresa em um diferencial competitivo e uma ferramenta de crescimento, capaz de proteger a empresa contra ameaças e, ao mesmo tempo, gerar novas oportunidades de expansão.

Em um mundo de riscos ocultos, enxergar além da superfície não é mais um diferencial: é uma questão de sobrevivência corporativa.

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