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Publicado em
16/12/25 12:52 pm

O que é gestão de cadeia de suprimentos (SCM)? Saiba mais!

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gestão de cadeia de suprimentos

A gestão de suprimentos é uma área estratégica responsável por coordenar todo o ciclo de aquisição de bens e serviços necessários ao funcionamento de uma empresa. 

Ela envolve o planejamento de compras, seleção de fornecedores, controle de estoques, logística e distribuição, garantindo que os recursos certos estejam disponíveis no momento certo, com qualidade e custo adequados. 

Continue a leitura para entender mais sobre o que é essa área, 

Entenda o que é gestão de cadeia de suprimento(SCM)

A gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management – SCM) é o conjunto de práticas que integram e coordenam todas as etapas do fluxo de produtos, informações e recursos, indo desde os fornecedores de matéria-prima até a entrega ao consumidor final.

Diferente da logística, que foca no transporte, armazenamento e distribuição, a SCM abrange uma visão estratégica mais ampla, incluindo planejamento, compras, produção, gestão de estoques e relacionamento estratégico.

Os acontecimentos de 2020, com a pandemia e a interrupção das principais cadeias de suprimentos globais, evidenciaram como esses sistemas são interdependentes e vulneráveis. 

A escassez de insumos, o aumento dos custos logísticos e os atrasos na produção mostraram a urgência de modernizar e tornar mais flexíveis os processos de gestão.

Assim, empresas passaram a adotar tecnologias preditivas, automação e análise de dados, buscando equilíbrio entre agilidade, resiliência e estabilidade operacional.

História e evolução global da cadeia de suprimentos

As cadeias de suprimentos existem desde os tempos antigos, quando civilizações como egípcios, romanos e fenícios já organizavam o transporte de grãos, metais e tecidos entre regiões distantes. 

Contudo, o conceito moderno começou a se consolidar com a Revolução Industrial, que trouxe maior escala produtiva e necessidade de coordenação entre fábricas, transportes e mercados consumidores.

No início do século XX, Henry Ford revolucionou o setor automotivo ao introduzir a produção em massa e a padronização de peças, permitindo que veículos fossem montados de forma rápida, eficiente e com menor custo. 

Esse modelo impulsionou o avanço das cadeias de suprimentos globais, criando sistemas mais integrados entre fornecedores, fabricantes e distribuidores.

A partir dos anos 1980, com a globalização e os avanços em tecnologia da informação, a cadeia de suprimentos tornou-se interconectada e internacional, exigindo estratégias de planejamento, rastreabilidade e colaboração entre empresas de diferentes continentes.

Qual a importância da gestão da cadeia de suprimentos?

A gestão da cadeia de suprimentos é fundamental para garantir eficiência operacional, vantagem competitiva e sustentabilidade dos negócios. 

Ela permite que empresas coordenem de forma estratégica todas as etapas da produção e distribuição, conectando fornecedores, fabricantes, distribuidores e clientes finais em um fluxo contínuo de informações e recursos. 

Uma gestão eficaz não apenas melhora o desempenho interno, mas também fortalece o relacionamento com parceiros e aumenta a capacidade de resposta às mudanças do mercado.

Confira a seguir alguns dos seus principais benefícios.

Melhoria da gestão da qualidade

Ao integrar fornecedores e processos produtivos, a gestão da cadeia de suprimentos assegura padrões de qualidade mais consistentes. O controle mais rigoroso de insumos, matérias-primas e etapas de produção reduz falhas, desperdícios e retrabalhos. 

Além disso, a troca constante de informações entre os elos da cadeia permite identificar rapidamente desvios e implementar ações corretivas de forma preventiva.

Aumento do tempo produtivo

Com processos sincronizados e bem planejados, a empresa reduz paradas inesperadas e gargalos operacionais. A gestão integrada favorece o planejamento de demanda, evitando falta de materiais ou excesso de estoques. 

Dessa forma, os recursos são utilizados de maneira mais eficiente e o tempo produtivo aumenta, elevando a capacidade de entrega e o nível de serviço.

Redução de custos

A otimização dos processos de produção e da gestão de estoques diminui custos diretos e melhora o fluxo de caixa positivo da empresa. 

Ao alinhar compras, transporte e armazenagem, é possível reduzir desperdícios, minimizar capital parado e negociar melhores condições com fornecedores, tornando a operação mais rentável e previsível.

Gestão de riscos aprimorada

Uma cadeia de suprimentos bem estruturada permite antecipar e mitigar riscos, como atrasos logísticos, falhas de fornecimento ou variações de demanda. 

O uso de dados e indicadores aumenta a visibilidade sobre cada etapa, possibilitando decisões rápidas e assertivas para manter a estabilidade e a continuidade dos negócios.

Como é o processo de gestão da cadeia de suprimentos?

A gestão da cadeia de suprimentos envolve um conjunto de processos integrados que garantem o fluxo eficiente de produtos, informações e recursos desde a origem até o cliente final. 

Esse sistema conecta todas as áreas envolvidas (planejamento, compras, produção, logística e manutenção) para alcançar desempenho operacional e vantagem competitiva.

Veja a seguir algumas das suas principais etapas.

Planejamento da cadeia de suprimentos

O planejamento é o núcleo estratégico da supply chain. Ele define como a operação deve funcionar no curto, médio e longo prazo.

Essa etapa envolve:

  • Análise da demanda e comportamento do mercado;
  • Definição de níveis de estoque, capacidades de produção e prazos de abastecimento;
  • Alinhamento entre previsão, produção e distribuição.

O planejamento utiliza dados históricos, análises estatísticas e indicadores operacionais para equilibrar oferta e demanda. 

Com isso, evita excesso de estoque, rupturas e gargalos produtivos, além de orientar decisões críticas como priorização de produtos, alocação de recursos e dimensionamento logístico.

Gestão do ciclo de vida do produto

A gestão do ciclo de vida do produto ( ou PLM, do inglês Product Lifecycle Management), coordena todas as fases pelas quais um produto passa, desde o conceito inicial, passando pelo desenvolvimento e uso, até sua retirada do mercado ou descarte.

Essa gestão organiza:

  • Desenvolvimento e engenharia do produto;
  • Testes, validações e adequação a normas regulatórias;
  • Alterações técnicas ao longo da vida útil;
  • Decisões de atualização, descontinuação ou substituição.

Ao integrar equipes de inovação, qualidade, engenharia, produção e marketing, o PLM garante que os produtos sejam competitivos, viáveis tecnicamente, rentáveis e alinhados às expectativas do mercado. Além disso, reduz riscos de falhas, acelera lançamentos e otimiza custos ao longo de toda a cadeia.

Procurement

O procurement é a função que garante que materiais, insumos e serviços necessários à operação estejam disponíveis no tempo certo, na quantidade ideal e ao custo adequado.

Esse processo inclui:

  • Mapeamento e homologação de fornecedores;
  • Negociações e definição de contratos;
  • Análise de riscos, compliance, sustentabilidade e performance;
  • Monitoramento de qualidade e prazos de entrega.

Um procurement eficiente fortalece parcerias estratégicas, reduz vulnerabilidades da cadeia, garante previsibilidade no abastecimento e contribui diretamente para a saúde financeira da empresa.

Gestão e execução da produção 

A gestão e execução da produção, ou MES (Manufacturing Execution System, ou Sistema de Execução da Manufatura) é um sistema responsável por gerenciar, controlar e monitorar em tempo real tudo o que acontece no chão de fábrica. Ele atua como uma camada intermediária entre o planejamento da produção (normalmente feito em sistemas como ERP ou APS) e a execução prática das atividades operacionais.

Em outras palavras, o MES transforma o plano produtivo em ações concretas, garantindo que cada etapa seja executada conforme o previsto e permitindo ajustes imediatos quando surgem imprevistos.

O sistema engloba:

  • Monitoramento em tempo real de máquinas, linhas produtivas e mão de obra;
  • Rastreabilidade completa de materiais, componentes, lotes e processos;
  • Controle e padronização da qualidade, registrando parâmetros e resultados;
  • Gestão de ordens de produção, tempos de ciclo, paradas e produtividade;
  • Registro automático de falhas, desvios e desperdícios, com alertas instantâneos;
  • Integração com sensores, IoT e equipamentos industriais, aumentando precisão e automação.

Ao reunir dados operacionais minuto a minuto, o MES permite que a empresa:

  • Ajuste rapidamente a produção conforme condições do ambiente fabril;
  • Reduza perdas, retrabalhos e variações de processo;
  • Aumente a produtividade e a eficiência global da fábrica (OEE);
  • Tome decisões ágeis e orientadas por informações confiáveis;
  • Garanta conformidade com normas técnicas e exigências de rastreabilidade.

Assim, o MES funciona como o “cérebro operacional” da produção, fornecendo visibilidade total do processo e conectando o planejamento estratégico à execução real.

Gestão de logística e de ativos empresariais

A logística garante que os produtos se movimentem corretamente pela cadeia, desde a armazenagem até o transporte e a entrega ao cliente.

Suas funções incluem:

⦁ definição de rotas, modais e prazos;

⦁ gerenciamento de centros de distribuição e estoques;

⦁ controle de integridade, riscos e custos logísticos.

Em paralelo, a gestão de ativos empresariais cuida da operação e manutenção de máquinas, equipamentos, frotas e instalações.

Ela atua em:

⦁ prevenção de falhas e paradas;

⦁ otimização da vida útil dos recursos;

⦁ planejamento de manutenção corretiva, preventiva e preditiva;

⦁ garantia de disponibilidade operacional.

A soma dessas duas frentes assegura que a produção não pare, que prazos sejam cumpridos e que a operação seja economicamente sustentável.

gestão de cadeia de suprimentos

Como implementar uma gestão da cadeia de suprimentos?

Até aqui, você já entendeu o que é a gestão de cadeia de suprimentos, seus benefícios e como esse processo funciona. Agora, vamos mostrar, na prática, como é feita a sua implementação.

1) Planejamento financeiro é prioritário

O principal índice que indica a solidez de uma companhia, qualquer que seja seu porte, é a saúde financeira. Portanto, ter um caixa organizado é o primeiro e mais fundamental passo para qualquer empresa que almeja se expandir.

O planejamento financeiro precisa dar ao gestor uma visão clara de como andam os setores da empresa

Para além de uma visão puramente financeira, é importante também organizar setores que, indiretamente, também influem nas contas, como estoque de insumos e obrigações burocráticas, como pagamento de salários, impostos e demais contribuições.

‍2) Avalie o crédito com cuidado

Para muitos empresários, o crescimento de um negócio esbarra na indisponibilidade imediata de capital e, para contornar esse problema, o crédito pode ser uma alternativa. Mas as opções devem ser avaliadas cuidadosamente.

Afinal, os juros dos empréstimos bancários podem não valer a pena. Além disso, o empresário precisa conhecer bem as diferenças entre empréstimo, financiamento ou abertura de uma sociedade.

No empréstimo, o empresário não dá nenhuma garantia ao banco, o que implica em juros mais altos. O financiamento, normalmente, tem como garantia o bem que está sendo negociado, como os ativos da empresa em questão, em caso de não pagamento da dívida.

Já o investimento é quando a empresa ganha novos sócios, que fazem aportes financeiros e passam a ter direito a um percentual dos lucros.

‍3) Conheça as melhores práticas do mercado (em várias áreas)

Movimentos que levam uma empresa a expandir seu mercado de atuação ou aumentar seu faturamento, muitas vezes, exigem mudanças na forma de gestão de uma empresa. Por isso, se você é um gestor que vislumbra a expansão do negócio, além de planejá-la, você também precisa prepará-la.

Isso inclui ter noções de boas práticas, tanto em nível administrativo, como na gestão financeira, de insumos e de pessoas. Consumir conteúdos sobre esses temas, participar de eventos voltados a essas categorias de assuntos e participar de trocas com outros empreendedores.

‍4) Prepare sua equipe (e você mesmo) para o crescimento

Fluxos de trabalho e de informações podem sofrer grandes mudanças à medida que uma organização aumenta de porte. Junto com o crescimento, por exemplo, a empresa pode observar a integração de uma nova estrutura societária, que vai exigir novos mecanismos de transparência e controle.

Muitas vezes, é necessário investir na capacitação da sua equipe ou mesmo na contratação de novos colaboradores ou de uma consultoria contábil.

Além da questão da preparação técnica, é altamente recomendável pensar também na dimensão cultural. Ao expandir seus negócios, sua empresa precisa também transmitir a imagem adequada. E isso passa pelo comportamento e mindset da equipe.

Algumas dinâmicas em equipe podem ajudar o time a entender o novo momento do negócio, as oportunidades de crescimento para as carreiras de cada um e como os colaboradores devem concentrar os esforços para fazer parte do futuro de uma empresa em crescimento.

‍5) Fique de olho em benefícios fiscais

É impossível negar que a carga tributária é uma importante fonte de despesas para os negócios e uma costumeira fonte de preocupações e reclamações do empresariado brasileiro. No entanto, muitos estados oferecem benefícios fiscais, com o objetivo de atrair a instalação de empresas, portanto, recomenda-se que o empreendedor esteja atento a essas oportunidades.

Afinal, as administrações públicas, seja a nível estadual ou municipal, desejam atrair empresas para os seus territórios, de forma a criar empregos e melhorar os índices socioeconômicos de sua população. 

A saída que muitas cidades e estados encontram para isso, é renunciar a uma parcela dos impostos, tornando o local mais atrativo para a fixação de negócios.

Isso pode representar uma economia e uma vantagem competitiva para muitas companhias. Por isso, vale a pena estar ciente sobre os benefícios disponíveis em sua região ou nas proximidades.

‍6) Obtenha um D-U-N-S Number para sua empresa

O D-U-N-S Number é um registro fundamental para empresas que desejam expandir sua área de atuação ou seu faturamento, pois ele é requerido para a atuação internacional de uma companhia ou para a celebração de parcerias com grandes empresas.

Por exemplo, se a sua empresa deseja se candidatar a ser fornecedora de grandes companhias, como a Coca-Cola, o DUNS Number é requerido.

Resumindo, a sigla D-U-N-S vem do inglês Data Universal Numbering System, que pode ser traduzido como Sistema de Numeração Universal de Dados. É uma espécie de CNPJ internacional necessário a todas as empresas que desejam atuar no mercado global ou para as quais é importante ter parceiros de peso no mercado.

O cadastro do D-U-N-S Number da sua empresa também pode render o selo ESG Registered, uma classificação da CIAL Dun & Bradstreet que comprova o comprometimento do seu negócio com políticas ESG.

Essa é uma certificação que abre portas junto a parceiros que estimulam ações de responsabilidade social e ambiental ao longo de toda sua cadeia de produção e suprimentos.

Vale observar, portanto, que o D-U-N-S Number não é necessário somente para as grandes corporações, mas é útil também para pequenas e médias empresas que vislumbram oportunidades com parceiros de grande porte.

Conclusão

A gestão da cadeia de suprimentos evoluiu de um processo operacional para uma estratégia central no sucesso das empresas modernas. Ao integrar planejamento, compras, produção, logística e manutenção, ela garante eficiência, redução de custos e controle de riscos, além de elevar a qualidade e a produtividade. 

Contudo, o cenário global dinâmico exige mais do que coordenação: demanda visibilidade, automação e inteligência de dados. Ferramentas tecnológicas permitem acompanhar cada etapa da cadeia em tempo real, antecipar falhas e otimizar decisões com base em informações confiáveis.

Nesse contexto, a CIAL se destaca com soluções como o CIAL360 Supplier, que automatiza a homologação e o onboarding de fornecedores, reduz o tempo de avaliação em até 50% e amplia a segurança nas relações comerciais.

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Perguntas frequentes

O que significa gestão de cadeia de suprimentos?

A gestão da cadeia de suprimentos (SCM) coordena o fluxo de produtos, informações e recursos, desde fornecedores até o cliente final. Ela busca integrar processos de compras, produção, transporte e distribuição, garantindo eficiência, redução de custos, qualidade e entregas pontuais, fortalecendo toda a operação empresarial.

Qual é a principal função da gestão da cadeia de suprimentos?

Sua principal função é otimizar o desempenho operacional, equilibrando oferta e demanda. A SCM integra todas as etapas produtivas, reduz custos, aumenta a eficiência, antecipa riscos e melhora a experiência do cliente, garantindo que produtos cheguem ao destino certo, no tempo ideal e com qualidade.

Quais são os 4 tipos de cadeia de suprimentos?

Os principais tipos são: integrada (altamente conectada e digital), ágil (flexível a mudanças), enxuta (focada em eliminar desperdícios) e contínua (fluxo estável e previsível). Cada modelo atende diferentes estratégias, equilibrando eficiência, custo e velocidade nas operações empresariais.

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