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Publicado em
5/11/25 12:25 pm

Como medir a pegada de carbono dos seus fornecedores

Conheça as soluções da CIAL e revolucione a sua gestão de dados de fornecedores
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Uma pessoa segurando a sustentablidade em suas mãos

Pegada de carbono: o que é e como avaliar em fornecedores

Imagine que você está liderando uma empresa e percebe que a pegada de carbono do seu negócio não está como o esperado, e não por conta de operações internas, mas sim pelas atividades dos fornecedores que abastecem sua cadeia de suprimentos.

Acredite: um caminhão que transporta matéria-prima, uma fábrica que consome energia intensamente ou um parceiro que utiliza processos pouco sustentáveis podem representar uma grande fatia das emissões, mesmo que você não perceba no dia a dia.

Nesse texto, explicaremos o que é a pegada de carbono, por que é importante fazer o seu monitoramento e como medir tanto a da sua empresa quanto a dos seus fornecedores.

O que é a pegada de carbono?

A pegada de carbono é a soma das emissões de gases de efeito estufa (como dióxido de carbono e metano) geradas direta ou indiretamente pelas atividades de uma pessoa, empresa ou até mesmo de um produto.

Desde 1850, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking de países com maior emissão de gases poluentes, segundo um levantamento feito pelo think tank internacional Carbon Brief. Um dado preocupante.

Talvez você esteja se perguntando "mas como isso afeta quem empreende ou gerencia fornecedores?". Entender esse conceito ajuda a enxergar onde estão os maiores pontos de emissão dentro da operação e da cadeia de suprimentos.

Alguns exemplos de pegada de carbono são: o transporte de mercadorias, consumo de energia elétrica nos escritórios ou fábricas e até os processos de produção dos fornecedores. Tudo isso gera gases que se acumulam na atmosfera e contribuem para o aquecimento global.

Na prática, reduzir a pegada de carbono pode se dar em atitudes simples, como trocar lâmpadas por modelos de LED, investir em energia renovável, otimizar rotas logísticas ou priorizar fornecedores que já adotam práticas sustentáveis.

Um restaurante, por exemplo, consegue diminuir suas emissões escolhendo produtores locais de alimentos. Já uma indústria pode ter o mesmo resultado ao rever embalagens, visando diminuir o uso de plástico.

Por que é importante monitorar a pegada de carbono?

Monitorar a pegada de carbono se tornou mais do que apenas uma pauta ambiental: agora, é uma questão estratégica para empresas de todos os portes.

Isso acontece porque as emissões de gases de efeito estufa estão diretamente ligadas a impactos sociais, como eventos climáticos extremos que afetam comunidades, cadeias de abastecimento e até o preço de matérias-primas.

Além disso, cada vez mais governos e mercados estão criando regras e metas para reduzir emissões alinhadas a compromissos globais, como o Acordo de Paris e às práticas de ESG (ambiental, social e governança).

Ignorar esse cenário pode gerar riscos regulatórios, ao mesmo tempo que se antecipar garante que a empresa esteja preparada para exigências futuras.

Agora, do ponto de vista dos negócios, acompanhar a pegada de carbono traz vantagens competitivas: as empresas que demonstram preocupação com suas emissões ganham credibilidade, fortalecem sua reputação e se diferenciam na hora de conquistar clientes e parceiros.

Como medir a pegada de carbono de um fornecedor?

Agora vamos para uma parte um pouco mais prática: entender como medir a pegada de carbono de um fornecedor. 

Para isso, separamos quatro passos que você deve seguir para analisar esse aspecto da sua organização, permitindo com que você aplique as medidas necessárias.

1. Identificação das fontes de emissão (diretas e indiretas)

O primeiro passo para medir a pegada de carbono é identificar de onde vêm as emissões. As diretas são aquelas em que a empresa controla, como queima de combustíveis em veículos próprios ou processos industriais.

Já as indiretas vêm de fora (mas ainda impactam a organização), como energia elétrica consumida ou transporte de fornecedores. Ao fazer um mapeamento dessas fontes, você terá mais clareza sobre os pontos que mais geram emissões.

2. Coleta de informações sobre emissões e práticas sustentáveis

Depois de identificar as fontes de emissão, está na hora de coletar informações sobre elas. Para isso, solicite relatórios detalhados sobre consumo de energia, logística, transporte e processos de produção

Quanto mais informações forem fornecidas, mais preciso será o panorama das emissões. Esses dados permitem identificar fontes críticas, priorizar ações de redução e integrar práticas sustentáveis à cadeia de suprimentos.

3. Definição de critérios e métricas de avaliação

Estabeleça claramente o que será avaliado, incluindo consumo de energia, transporte de produtos, uso de matérias-primas e emissões indiretas. 

Também considere indicadores de sustentabilidade já adotados pelos fornecedores, integrando dados ao monitoramento da cadeia e orientando decisões para reduzir impactos ambientais de forma consistente.

4. Análise de dados de consumo energético em processos

Depois de identificar as fontes, é hora de reunir os dados. Aqui, incluem-se contas de luz, combustível, insumos, viagens de colaboradores e transporte de mercadorias.

Quanto mais detalhado o levantamento for, mais precisa será a medição da pegada. Uma fábrica, por exemplo, pode monitorar o consumo de gás e eletricidade por setor, enquanto um escritório pode acompanhar o uso de energia e as emissões relacionadas a viagens corporativas.

5. Comparação de fornecedores e identificação de riscos ambientais

Analise quais parceiros geram maior impacto ambiental e identifique pontos onde há oportunidades de redução de emissões. Avalie também riscos de não conformidade com normas ambientais

Essa análise permite priorizar ações, melhorar a sustentabilidade da cadeia e apoiar decisões estratégicas mais conscientes.

6. Uso de metodologias reconhecidas

Para transformar dados em toneladas de CO₂, é importante seguir metodologias reconhecidas, como o GHG Protocol, padrão internacional para medir emissões de forma clara e consistente. 

Em 2008, ele foi adaptado para o contexto brasileiro pelo FGVces, WRI, Ministério do Meio Ambiente e outras organizações fundadoras.

Ele organiza as emissões em três categorias:

  • Escopo 1: emissões diretas;
  • Escopo 2: energia adquirida;
  • Escopo 3: outras emissões indiretas, como transporte de fornecedores).

Essa estrutura ajuda a identificar os maiores impactos e planejar ações de redução eficazes, além de permitir a comparação de resultados com outras empresas e gerar relatórios confiáveis.

Existem outras metodologias?

Sim, existem outras metodologias que também auxiliam na análise e redução da pegada de carbono. Conheça as principais a seguir:

  • ISO 14064: voltada à gestão da pegada de carbono, ela orienta empresas a medir seu impacto ambiental com precisão, estabelecer metas de redução e comprovar resultados de forma transparente e padronizada.
  • PAS 2050: ele ajuda empresas a identificar fontes de emissão, comparar alternativas e implementar estratégias de redução, promovendo decisões mais sustentáveis e comunicação ambiental confiável.

Bilan Carbone: considera todas as fontes de emissão diretas e indiretas, permitindo identificar pontos críticos, planejar reduções e monitorar o desempenho ambiental, apoiando estratégias sustentáveis e decisões mais conscientes.

Como medir a pegada de carbono da sua empresa gráfico

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4. Tenha relatórios indicadores para acompanhamento

Por fim, os resultados encontrados devem ser organizados em relatórios e indicadores, facilitando o acompanhamento das emissões e a definição de metas de redução.

Ter relatórios claros em mãos também ajuda na comunicação com investidores, clientes e fornecedores, mostrando o compromisso da empresa com a sustentabilidade.

Incentive os fornecedores a adotarem melhorias

Para reduzir a pegada de carbono em fornecedores, compartilhe boas práticas, ofereça suporte técnico e estabeleça metas claras de redução de emissões

Incentive pequenas ações, como otimização de rotas de transporte, uso de energia eficiente e substituição de insumos por alternativas mais sustentáveis, que, combinadas, podem gerar impactos ambientais significativos.

Tendência: empresas mais responsáveis e cadeias mais sustentáveis

Dentro desse contexto, está surgindo uma tendência: as empresas estão se tornando cada vez mais responsáveis, e as cadeias de suprimentos mais sustentáveis estão deixando de ser um diferencial para se tornarem uma exigência do mercado.

Agora, o ESG (ambiental, social e governança) assume o papel de guia global, orientando decisões estratégicas e mostrando que desempenho financeiro e responsabilidade ambiental podem (e devem) andar juntos.

Além disso, consumidores e investidores cobram transparência, e marcas que demonstram compromisso com sustentabilidade conquistam confiança e fidelidade, enquanto aquelas que ignoram práticas responsáveis podem perder espaço.

Não é incomum vermos clientes com tendência a escolher produtos de fornecedores que usam energia limpa ou embalagens recicláveis, bem como fornecedores que priorizam empresas que reportam dados claros sobre impacto ambiental.

Já a tecnologia entra como aliada nesse movimento: ferramentas digitais permitem monitorar consumo de energia, emissões de transporte, produção de resíduos e outros indicadores ao longo da cadeia de suprimentos, facilitando decisões mais rápidas e precisas.

Leia também: Tendências que todo CEO deve acompanhar.

Pessoas pensando em sustentabilidade

Como a CIAL apoia empresas a monitorar e como reduzir a pegada de carbono de fornecedores?

E para lidar com todo esse processo, conte com a CIAL: atuaremos como sua parceira estratégica para monitorar a pegada de carbono de fornecedores e fortalecer relações sustentáveis.

Nossas soluções unem tecnologia, dados e automação, transformando o processo complexos em ações práticas e confiáveis.

CIAL360 Supplier

É ideal para simplificar a homologação e avaliação de fornecedores: ele elimina 100% da coleta manual de dados, acelera a avaliação de novos parceiros em até 50% e ajuda a evitar riscos ocultos, oferecendo visibilidade completa da cadeia de fornecimento.

Com base na gigante base da Dun & Bradstreet, o Cial360 Supplier permite decisões imparciais e seguras, conectando equipes e monitorando todas as etapas do relacionamento com fornecedores.

ESG Risk Essentials

Foca em critérios ESG, oferecendo uma visão 360º dos riscos que podem afetar a empresa. A plataforma permite avaliar fornecedores globalmente em mais de 30 critérios, monitorar a cadeia continuamente e personalizar scores conforme prioridades da empresa. 

Assim, evita greenwashing, identifica riscos ocultos e garante conformidade com regras e regulamentos.

Saiba mais sobre o ESG Risk Essentials e tenha controle total sobre critérios ESG da sua cadeia de fornecedores, clientes e parceiros!

Conclusão

Nesse texto, você entendeu que monitorar a pegada de carbono se tornou uma estratégia importante para negócios que buscam eficiência, competitividade e credibilidade.

Ao medir e controlar suas emissões, a empresa consegue identificar pontos de melhoria, reduzir desperdícios e tomar decisões mais conscientes, economizando recursos e minimizando impactos ambientais.

Ter esse alinhamento com seus fornecedores é igualmente importante, já que grande parte das emissões indiretas vem da cadeia de suprimentos. 

Então, avaliar a prática sustentável dos seus parceiros permite reduzir riscos, fortalecer relações e garantir que toda cadeia esteja comprometida com metas de ESG e compliance ambiental.

E por falar em ESG, a sua empresa já tem essa certificação? Confira esse outro post em nosso blog no qual explicamos os principais selos e como você pode obter um!

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