O que é gestão de fornecedores?
Dentro das complexidades que envolvem a rotina de um negócio em funcionamento, a relação com os fornecedores têm uma dimensão central. Afinal, a cadeia de suprimentos que sustenta a oferta de produtos ou serviços de uma empresa depende da confiabilidade dos fornecedores em oferecer insumos na quantidade, qualidade e periodicidade desejada.
Esse elemento tem se tornado tão central para as companhias, que se tornou um diferencial competitivo. É aí que entra um termo que todo gestor deveria conhecer: gestão de fornecedores.
Esse conceito se relaciona intimamente com o de supply chain, que vamos conhecer melhor agora.
O que é supply chain?
Também chamado de cadeia de suprimentos, o Supply Chain pode ser explicado como todo o processo que envolve a fabricação de um produto ou prestação de um serviço, desde a matéria-prima até a disponibilização para os clientes finais.
Vamos tomar como exemplo uma fábrica de embalagens.
Na sua cadeia de suprimentos estão fabricantes de plástico, de vidro, de papel e de adesivos, entre outros. Além disso, as embalagens produzidas vão precisar chegar aos clientes, o que envolve o setor de logística.
Também não podemos esquecer das normas legais a que a companhia deve obedecer para poder atuar no mercado, sem desrespeitar leis ambientais ou trabalhistas. Respeitar essas normas significa reduzir as chances de paralisar o funcionamento por conta de alguma sanção, ou seja, manter a empresa operando de uma forma previsível.
Todos esses elementos fazem parte do supply chain, que tem como objetivo garantir a disponibilidade e o fluxo contínuo de suprimentos para o funcionamento de um negócio. As vantagens de adotar esse processo falam por si.
Segundo o Logistics Bureau, empresas que implantam o conceito de supply chain têm custos totais, em média, 15% menores do que as que não implantam o sistema.
E qual o papel da gestão de fornecedores?
Supply chain, como vimos, é um conceito amplo, mas que, entre outras coisas, trata de como manter o fornecimento de insumos para o funcionamento de um negócio. Nesse aspecto, estamos, basicamente, falando sobre fornecedores.
A relação entre um negócio e fornecedores é sempre complexa. A começar pelo plural existente nela: fornecedores. Cada empresa que presta um serviço tem culturas, regras e políticas de funcionamento próprias, e gerenciar essas relações é uma das complexas funções da gestão de fornecedores.
A gestão de fornecedores, também chamada de Supplier Relationship Management (SRM) se configura como a busca e manutenção de uma rede confiável de fornecedores que atendam às exigências de uma companhia no que diz respeito a diversos aspectos: qualidade, quantidade e até mesmo atendimento a demandas ecológicas ou sociais que sejam importantes para o seu negócio.
A gestão de fornecedores - área altamente estratégica e fundamental para a manutenção do supply chain -, também tem como objetivo fazer leituras sobre a situação geral das empresas prestadoras de serviço, buscando identificar a saúde da operação das terceirizadas, para antecipar cenários e evitar riscos à operação da companhia contratante.
Pilares da Gestão de Fornecedores:
1. Seleção de Fornecedores:
- Avaliação de capacidades técnicas.
- Análise de capacidade de entrega.
- Verificação de qualidade dos produtos/serviços.
- Análise financeira e de estabilidade do fornecedor.
2. Contratação e Negociação:
- Elaboração de contratos claros e abrangentes.
- Definição de termos de pagamento.
- Negociação de preços e condições.
- Estabelecimento de acordos de entrega e prazos.
3. Avaliação Contínua de Desempenho:
- Monitoramento constante da qualidade dos produtos/serviços.
- Verificação do cumprimento de prazos de entrega.
- Avaliação do atendimento ao cliente.
- Identificação de áreas de melhoria.
4. Gestão de Riscos:
- Identificação e avaliação de riscos potenciais.
- Desenvolvimento de estratégias para mitigação de riscos.
- Monitoramento de fatores externos que possam impactar os fornecedores.
5. Integração de Tecnologia:
- Utilização de sistemas de informação para rastreamento e gestão.
- Implementação de soluções de e-procurement (compras eletrônicas).
- Automação de processos relacionados à gestão de fornecedores.
6. Compliance e Ética:
- Garantia de conformidade com regulamentações locais e internacionais.
- Verificação de práticas éticas e responsabilidade social.
- Auditorias para assegurar padrões de qualidade e integridade.
7. Desenvolvimento de Parcerias:
- Promoção de relações de longo prazo.
- Colaboração no desenvolvimento de produtos/serviços.
- Busca por inovações e melhorias conjuntas.
8. Comunicação Efetiva:
- Estabelecimento de canais de comunicação abertos.
- Resolução rápida de problemas através do diálogo.
- Compartilhamento de informações relevantes.
Esses pilares contribuem para a construção de relações sólidas e mutuamente benéficas entre a empresa e seus fornecedores, promovendo eficiência operacional, redução de riscos e melhoria contínua.
Por que a gestão de fornecedores é importante?
Um dos principais argumentos para investir em uma boa gestão de fornecedores é a mitigação de riscos. Olhar de forma estratégica para as empresas contratadas permite selecionar aquelas com maior capacidade de atender às demandas do seu negócio, gerando um círculo virtuoso que pode levar a relacionamentos de longo prazo com fornecedores confiáveis.
Essa mitigação de risco não é apenas operacional, mas também de reputação. Bons fornecedores oferecem maior segurança ao seu negócio e aos seus clientes, com uma menor possibilidade de crises de imagem por desabastecimento ou queda na qualidade do produto ou serviço prestado.
Os desafios da gestão de fornecedores
Falar dos desafios da gestão de fornecedores requer um exercício relativamente simples de imaginação: pense em uma grande transnacional do ramo alimentício e imagine a quantidade de diferentes fornecedores que essa empresa pode ter.
Considere os múltiplos produtos que essa empresa fabrica, com diferentes matérias-primas e inúmeros processos pelos quais eles passam até entrar em uma embalagem e irem para a distribuição.
Isso dá a dimensão de quão complexa pode ser a gestão de fornecedores. Em grandes negócios, o número de empresas contratadas pode chegar às centenas, com fornecedores e terceiros em diferentes partes do planeta.
Gerir todos esses contatos e como manter uma estratégia de leitura estratégica da situação de cada um desses fornecedores é um tremendo desafio. Por isso, a tecnologia é uma aliada nessa tarefa.
Recomenda-se fortemente que as empresas adotem parceiros estratégicos especializados em análise de dados comerciais, como a própria CIAL, responsável pelo primeiro I-SRM do mercado brasileiro. Cruzando informações da maior base de dados comerciais do mundo - a da Dun & Bradstreet - com plataformas que automatizam e agilizam análises de crédito, compliance, marketing e vendas, a CIAL permite uma estratégia ágil e assertiva, sem deixar de lado a segurança que dados sempre atualizados e precisos oferecem.
Com essas informações e tecnologia, é possível gerar relatórios periódicos sobre a situação de fornecedores de diversas partes do mundo, permitindo uma gestão de fornecedores completa aos setores de supply chain.